52831 - PLANO ESTRATÉGICO DE SAÚDE DO TRABALHADOR E DA TRABALHADORA DA BAHIA 2023: TECENDO A REDE QUE QUEREMOS
GESSINAYDE SILVA DE QUEIROZ - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA, ADRIANA GALDINO BATISTA PEREIRA - UESB, ANA CLÁUDIA FIGUEIREDO GUEDES - DIVAST-CESAT/SESAB, JACIRA AZEVEDO CANCIO - DIVAST-CESAT/SESAB, LETICIA COELHO DA COSTA NOBRE - DIVAST-CESAT/SESAB, MILENE BAQUEIRO WASCONCELLOS - DIVAST-CESAT/SESAB, MONICA MOURA DA COSTA E SILVA - DIVAST-CESAT/SESAB
Contextualização
A produção audiovisual “Planestt-BA: Tecendo a rede que queremos” na Vigilância em Saúde do Trabalhador é utilizada como ferramenta de registro da participação social dos diversos atores da RENAST na construção e atualização de um Plano Estratégico em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora para a Bahia 2023 (Planestt-BA 2023), que busca operacionalizar a Política Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (PSTT-BA). Essa estratégia visa promover a conscientização, educação e informação, destacando a importância da construção coletiva, do saber produzido pelo lugar de fala dos atores, na gestão e planejamento da execução de políticas públicas. Esse tipo de produção pode englobar uma variedade de formatos e, nessa feita, utilizamos um filme documentário, cujo foco de análise se concentra no sentimento de pertencimento e participação no processo de construção do plano, seus desafios, expectativas geradas e principalmente da potência inerente a uma construção coletiva consciente.
Processo de escolha do tema e de produção da obra
O Planestt-BA 2023 foi elaborado por um grupo de trabalho multidisciplinar e interinstitucional, composto por representantes da Divast, dos Núcleos Regionais de Saúde, dos Cerest (SMS), da academia (ISC-UFBA), do Ministério da Saúde, do Cosems-BA, da CISTT/CES-BA, que envolveu um longo período de discussão. Este é o resultado de uma construção participativa, intersetorial que define a atenção integral à saúde dos trabalhadores como o seu foco central, o que coloca desafios aos sujeitos e instituições que atuam neste campo, face às dimensões territoriais do estado, com 417 municípios que se distribuem em 28 regiões de saúde, às profundas desigualdades regionais, diversidades socioeconômicas e culturais e aos altos índices de acidentes, mortes e adoecimentos de trabalhadores. A multiplicidade de atores, interesses e experiências envolvidas no desenho do plano foi de uma riqueza e solidez que permeou todo o documento, tornando-se uma fonte de curiosidade para a equipe condutora como foi para esses “construtores” participar de algo tão genuinamente plural, mas que, sobretudo visa desenhar em por em ação o SUS que queremos. Assim, veio a ideia de, ao invés de contar como esses atores se sentiram, dar voz a estes através do documento vivo que é a produção audiovisual, através de perguntas indutoras sobre a experiência dos grupos participantes dessa intervenção.
Objetivo e período de Realização
Esse trabalho pretende contribuir com a análise crítica dos processos de construção de uma política pública e valorização dos sujeitos portadores de saberes que estão envolvidos no processo, democratizando a tomada de decisão sobre a intervenção, para além da esfera de gestão estadual e dos centros tradicionais de conhecimento, incluindo outros atores e saberes na agenda de discussão e deliberação, sob a narrativa do próprio participante. O período usado para a construção do documento foi de 2021 a 2023.
Descrição da Produção
Trata-se de um filme documentário, que consiste em narrativas de atores que participaram ativamente do processo de atualização do Planestt 2023, numa experiência em que foi utilizada a metodologia de técnica de consenso, em que reuniu áreas técnicas da Divast-Cesat, Núcleos Regionais de Saúde, Cerest, Ministério da Saúde, Universidade Federal da Bahia e representantes do CES, CISTT e CONASEMS.
Análise crítica da obra
O trabalho apresenta narrativas dos participantes envolvidos no processo de atualização do Planestt 2023. O documentário ainda está em fase de construção, em que pretende se tornar um filme de média metragem, com duração de 30 minutos, tempo suficiente para captar a complexidade e diversidade de perspectivas.
Outros depoimentos foram coletados com o intuito de ampliar os olhares, adicionando outros atores fundamentais para a narrativa, ao compreendermos a necessidade de trazer outras vozes importantes, pois sem elas não poderíamos contemplar toda a experiência ante a singularidade das percepções e vivências. Destacamos ainda a importância de abordar as etapas de construção, a metodologia de consenso utilizada, as divergências e conflitos de interesse, o que exige tempo para amadurecimento. O processo é longo, a edição é desafiadora e a execução requer outros esforços.
O trabalho nos auxilia a pensar nas possibilidades de realizar uma gestão participativa no SUS, neste caso, na vigilância e atenção à Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora na Bahia, criando arenas onde isso pode acontecer, a partir da estruturação e ampliação da participação social, uma experiência que exige envolvimento e participação ativa e dialógica nos processos.
Referências
BAHIA. Secretaria da Saúde do Estado. Superintendência de Vigilância
e Proteção da Saúde. Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde do
Trabalhador. Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador.
Plano Estratégico de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da
Bahia – Planestt-BA 2023. Secretaria da Saúde. Superintendência de
Vigilância e Proteção da Saúde. Diretoria de Vigilância e Atenção à Saúde
do Trabalhador. Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador.
Sesab/Suvisa/Divast/Cesat. Salvador: Sesab/Suvisa/Divast/Cesat, 2024.
104p.
ISBN – 978-65-87815-09-1
1. Saúde do Trabalhador 2. Plano estratégico 3. Vigilância em
Saúde 4. Indicadores 5. Planejamento I. Autor. II. Título.
Fonte(s) de financiamento: Financiamento próprio
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