51184 - IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES E DEMANDAS, PARA UM MELHOR PLANEJAMENTO DO TERRITÓRIO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA BENEDITA TATIANE GOMES LIBERATO - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA, FRANCISCO ROSEMIRO GUIMARÃES XIMENES NETO - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA, MARIA DO SOCORRO DE ARAÚJO DIAS - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA, MARISTELA INÊS OSAWA CHAGAS - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA, LAYSE FERNANDES QUEIROZ VASCONCELOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC, LUÍS MIGUEL FERNANDES DE SOUZA - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA, FRANCISCO JEAN DIEGO DE ABREU PAIVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA, ROSÂNGELA SOUZA CAVALCANTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA, FRANCISCO DIOGENES DOS SANTOS - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA, BENEDITO TEIXEIRA PIRES FILHO - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ - UVA
Contextualização O tema necessidades de saúde têm sido abordado sob diferentes bases teórico-conceituais. Com a redemocratização do país e o movimento da Reforma Sanitária Brasileira, culminou com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS)1, que trouxe na definição de saúde o conceito de necessidade junto. Em sentido amplo, os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros.2
Para além das discussões sobre as necessidades de saúde, faz-se necessário um aprofundamento sobre as discussões entre saúde e território. Entendemos o território-sanitário como o “[...] território usado, com toda sua simbologia, identidade, sentimento de pertencimento, relações sociedade-natureza, historicidade e organicidade local, envolvendo o lócus e seus determinantes [...]”.3
Nesse sentido, identificar os principais problemas de saúde do território, bem como as especificidades e vulnerabilidades de cada contexto, torna-se um importante instrumento de organização dos processos de trabalho e das práticas de saúde.
Justifica-se essa atividade pela necessidade de conhecer a realidade dos sujeitos e os processos de saúde e doença presentes no meu território, objetivando com isso desenvolver ações e atividades como forma de enfrentamento dos desafios impostos pela população e construção de uma sociedade democrática.
Descrição da Experiência A oficina foi desenvolvida por meio de quatro etapas. De início, foram solicitados aos presentes que se dividissem em quatro grupos, para que fizessem uma tempestade de ideias enunciando os principais problemas que identificam no seu território. Após cada equipe ter delimitado os problemas mais evidentes, foram solicitados que em consenso escolhessem quais teria maior impacto. Assim, foram identificados cinco problemas mais evidentes. Posteriormente, foi solicitado uma hierarquização desses problemas utilizando como critérios de seleção o valor político, governabilidade, eficácia e custo de adiamento. Após esse segundo momento, foi realizado um processo de categorização dos problemas. Para tanto, definiram-se cinco grandes categorias, a saber: Suficiência e qualidade dos serviços; Limitações relativos ao acesso às ações e serviços de saúde; Problemas relativos a recursos humanos; Organizativos; Governança/Relações. Para cada problema listado e hierarquizado, o grupo teve que listar o máximo de causas envolvidas na produção e/ou manutenção do problema. A última atividade culminou com a elaboração da matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência). Em cada problema identificado foram dadas uma classificação de acordo com cada critério da matriz GUT. O grau de priorização dos problemas foi definido pela multiplicação da classificação, conforme a pontuação G X U X T.
Objetivo e período de Realização O presente trabalho visa relatar a experiência de uma oficina para identificação, categorização, hierarquização e priorização dos problemas em saúde desenvolvida num território da Estratégia de Saúde da Família de Sobral – Ceará, durante os meses de abril e maio de 2024.
Resultados No primeiro momento foi possível identificar vários problemas existentes na comunidade, entre eles: dengue, gravidez na adolescência, violência urbana, comunitária, doméstica e ao idoso, subnotificação de tuberculose e hanseníase, desabastecimento de insumos e medicamentos básicos, burnout nos profissionais da saúde, demora no agendamento de consultas e exames especializados, dificuldade no acompanhamento multiprofissional de pessoas com transtorno do espectro autista e déficit de atenção e hiperatividade, desemprego, abuso de drogas, infecções sexualmente transmissíveis, saneamento básico. Desses problemas elencados, os cincos problemas prioritários foram: subnotificação tuberculose e hanseníase; gravidez na adolescência, infecções sexualmente transmissíveis, dificuldade no acompanhamento multiprofissional de pessoas com transtorno do espectro autista e déficit de atenção e hiperatividade, burnout nos profissionais da saúde. Ao final da oficina, o problema identificado como de maior prioridade por todos os presentes na oficina, foi a questão da Síndrome Burnout nos profissionais da saúde, causando absenteísmo ao trabalho e solicitação de licenças e atestados.
Aprendizado e Análise Crítica No primeiro momento foi possível identificar vários problemas existentes na comunidade, entre eles: dengue, gravidez na adolescência, violência urbana, comunitária, doméstica e ao idoso, subnotificação de tuberculose e hanseníase, desabastecimento de insumos e medicamentos básicos, burnout nos profissionais da saúde, demora no agendamento de consultas e exames especializados, dificuldade no acompanhamento multiprofissional de pessoas com transtorno do espectro autista e déficit de atenção e hiperatividade, desemprego, abuso de drogas, infecções sexualmente transmissíveis, saneamento básico. Desses problemas elencados, os cincos problemas prioritários foram: subnotificação tuberculose e hanseníase; gravidez na adolescência, infecções sexualmente transmissíveis, dificuldade no acompanhamento multiprofissional de pessoas com transtorno do espectro autista e déficit de atenção e hiperatividade, burnout nos profissionais da saúde. Ao final da oficina, o problema identificado como de maior prioridade por todos os presentes na oficina, foi a questão da Síndrome Burnout nos profissionais da saúde, causando absenteísmo ao trabalho e solicitação de licenças e atestados.
Referências 1. BRASIL. Ministério da Saúde. VIII Conferência Nacional de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 1986. (Anais)
2. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Lei orgânica da saúde. Brasília: Governo Federal, 1988.
3. Ximenes Neto FRG. Gerenciamento do território na Estratégia Saúde da Família: o processo de trabalho dos gerentes [dissertação]. Fortaleza (CE): Universidade Estadual do Ceará (UECE); 2007.
Fonte(s) de financiamento: FINANCIAMENTO PRÓPRIO
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