51888 - VIVÊNCIA COM A EXECUÇÃO DO MINICURSO “EM CLIMA DE SAÚDE: SAÚDE AMBIENTAL E SUA INFLUÊNCIA NO ADOECIMENTO HUMANO” EM EVENTO CIENTÍFICO SARAH ELLEN DA PAZ FABRICIO - ESP-CE/ UECE, AMANDA CABOCLO FLOR - UECE, JENNYFER SILVA RIBEIRO - UECE, ANTÔNIO EDUARDO OSÓRIO CAVALCANTE - UECE, NAARA RÉGIA PINHEIRO CAVALCANTE - UECE, SAMANTHA ALVES FRANÇA COSTA - UECE, CAMILA MARIA TEIXEIRA DOS SANTOS - UECE, ROSANNA DA SILVA FERNANDES RIBEIRO - UECE, VERA LÚCIA MENDES DE PAULA PESSOA - UECE, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA - UECE
Contextualização O meio ambiente exerce efeito direto no processo de saúde e doença, influenciando de maneira significativa a incidência, a disseminação e a severidade de diversas condições de saúde. A susceptibilidade a enfermidades é multifatorial, estando relacionada a fatores sociais, econômicos, culturais, demográficos e laborais, acometendo, principalmente, indivíduos em situação de vulnerabilidade. Conforme a Organização Mundial da Saúde (2022), em 2016, registrou-se 7 milhões de óbitos no mundo relacionados à poluição atmosférica, tendo maior incidência em países de baixa e média renda.
O constante processo de industrialização e urbanização acarretou impactos profundos e abrangentes na qualidade de vida das populações. Nessa perspectiva, a saúde ambiental emerge como uma área da saúde pública que lida com a interação entre a saúde humana e os fatores do meio ambiente natural, bem como aqueles modificados pelas atividades humanas (Ministério da Saúde, 2022). Este campo interdisciplinar engloba diversos aspectos, incluindo meteorologia, geologia, epidemiologia e ecologia, além de considerações sociais e políticas.
Diante desse contexto, a abordagem da saúde ambiental e sua influência no adoecimento humano na universidade, enquanto espaço de formação e de produção de conhecimento, torna-se imprescindível para a produção e fortalecimento de estratégias que modifiquem o cenário atual.
Descrição da Experiência O minicurso foi sediado na Universidade Estadual do Ceará durante a XXVIII Semana Universitária, em Fortaleza, Ceará, Brasil, e ocorreu nos dias 26 a 28 de setembro de 2023, com duração de quatro horas diárias. O Grupo de Pesquisa Epidemiologia, Cuidado em Cronicidades e Enfermagem (GRUPECCE) foi responsável pelo planejamento, coordenação e execução do minicurso. A comissão organizadora foi composta por discentes do Programa de Pós-Graduação em Cuidados em Enfermagem e Saúde (PPCLIS), Programa de Pós-Graduação em Saúde (PPSAC) e graduandos de Enfermagem.
O evento contou com 19 alunos de diversos cursos, dentre eles: seis do serviço social, 10 da administração, dois de música e um de educação física. Foram abordadas temáticas referentes a oscilação de temperatura mundial, poluição no planeta e relação clima-saúde. Cada encontro foi ministrado por um pós-graduando e um bolsista de graduação, totalizando seis membros.
Nos primeiros dois encontros, realizou-se explanação teórica com abordagem expositiva e dialogada. No último encontro, impulsionou-se discussões em grupos de seis pessoas com a pergunta disparadora: “Qual a nossa parte na preservação do meio ambiente e prevenção das mudanças climáticas?”. Os grupos, após discutir coletivamente, elaboraram mapas conceituais e apresentaram em cartazes a resolução da atividade.
Objetivo e período de Realização O presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência de pós-graduandos e graduandos na execução do minicurso intitulado “Em clima de saúde”.
O evento foi realizado no período de 26 a 28 de 2023, durante um evento científico em uma instituição pública de ensino superior.
Resultados Quanto ao momento de execução dos encontros, brevemente foi conquistada a atenção da turma e a participação positiva facilitou o trabalho da comissão organizadora. Durante a ministração das aulas teóricas, os participantes teceram comentários enriquecedores acerca da relevância de iniciativas individuais e coletivas para a preservação do meio ambiente, como a coleta seletiva do lixo doméstico e o incentivo à ação do parque aquático Beach Park, no qual esse solicita colaboração com a coleta de lixo em praias de Fortaleza durante uma manhã e ao final da ação os grupos ganham entrada gratuita para o parque.
Acerca da apresentação dos mapas conceituais, os termos-chave que os alunos apresentaram como medidas individuais e coletivas para amenização dos impactos ambientais foram: reduzir, reciclar, reutilizar; reduzir o uso de agrotóxicos nas plantações; preferir por fontes de energia renováveis; evitar jogar lixo na rua; preferência por produtos biodegradáveis; preferir por transportes coletivos.
Aprendizado e Análise Crítica O principal desafio para a execução do minicurso foi a alocação de sala, pois a comissão do evento da Semana Universitária disponibilizou uma sala com infraestrutura insuficiente para a realização da atividade proposta, sendo necessário realocação dos alunos. Como forma de amenizar o ocorrido, a coordenação do minicurso pediu desculpas aos participantes e ressaltou acerca dos benefícios da participação de um minicurso com a temática.
A participação do minicurso contribui para melhor convivência em sociedade e para o amadurecimento como profissionais, uma vez que o incentivo à tomada de medidas sustentáveis ajuda a preservar o planeta e diminui a concentração de poluentes atmosféricos, o que torna a terra um lugar mais seguro para a saúde da comunidade.
Portanto, a execução do minicurso potencializou a troca de saberes e experiências entre discentes de variados cursos, o que permitiu interlocução de aprendizados e aprofundamento de conhecimentos prévios.
Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno temático do Programa Saúde na Escola: saúde ambiental [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Ministério da Educação. Brasília, 2022.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. World health statistics 2022: monitoring health for the SDGs, sustainable development goals. Geneva, 2022.
Fonte(s) de financiamento: Financiamento próprio.
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