Roda de Conversa

06/11/2024 - 08:30 - 10:00
RC8.23 - Cuidado, Formação e transformação

54292 - O TRILHAR DA FORMAÇÃO-AÇÃO EM PICS NO DISTRITO FEDERAL
YASMIN SILVA DA CRUZ - FIOCRUZ BRASÍLIA, ANA PAULA ANDRADE SILVA MILHOMEM - FIOCRUZ BRASÍLIA, ANDRÉ LUIZ DUTRA FENNER - FIOCRUZ BRASÍLIA, GISLEI SIQUEIRA KNIERIM - FIOCRUZ BRASÍLIA


Contextualização
As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PIS) têm ganhado destaque no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente após seu reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1970. No Distrito Federal (DF), a Política Distrital de Práticas Integrativas em Saúde foi estabelecida em 2014, integrando essas práticas à Rede de Atenção à Saúde, com ênfase na Atenção Primária. Sendo responsável por instituir 17 (dezessete) práticas integrativas em saúde no DF (Brasil, 2014).
Estas importantes práticas dialogam de forma transversal com as ações no SUS podendo estarem presentes em todos os serviços da Rede de Atenção à Saúde. Os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares tem sido objeto de estudo.
Há necessidade de desenvolver a educação-pesquisa-ação na implementação da saúde, onde se busca o diálogo entre o conhecimento científico oriundo das pesquisas, os saberes e experiências da prática profissional e os diversos sujeitos e grupos que atuam no serviço. Desde 2021, o Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT) da Fiocruz Brasília, em colaboração com a Gerência de Práticas Integrativas em Saúde da Secretaria de Saúde do DF, oferece cursos de formação-ação em PIS.


Descrição da Experiência
Esses cursos abrangem as seguintes práticas: Terapias Externas Antroposóficas (TEA), Técnica em Redução de Estresse (TRE) e a Especialização em Cultivo Biodinâmico de Plantas Medicinais na Promoção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis no Distrito Federal. Com o foco de qualificar profissionais/trabalhadores da saúde e áreas afins para atuarem como multiplicadores, formadores e indutores de processos. Os Cursos foram realizados entre o ano de 2022 a 2024. No Ano de 2022 foram realizadas a 1ª e 2ª Etapas do Curso Livre de Aperfeiçoamento para facilitadores da técnica. No ano seguinte foi elaborado o Curso Livre de Formação em TRE para Profissionais da SES/DF, contendo 5 (cinco) e no ano de 2024 foi realizado o Curso Livre Avançado para Facilitadores de TRE, com a presença de facilitadores da técnica. Os Cursos em Terapia Externa Antroposófica- TEA foram estruturados em duas etapas. A primeira etapa foi realizada em 2023 e a segunda, que está em andamento no primeiro semestre de 2024. A primeira turma contou com 5 (cinco) módulos que abordaram aspectos teóricos, práticos e vivenciais. Ao final do curso – na primeira etapa -, 26 (vinte e seis) profissionais foram qualificados para aplicar as técnicas aprendidas em suas UBS. A segunda turma do curso, está seguindo a mesma estrutura e metodologia da primeira.

Objetivo e período de Realização
O objetivo deste estudo é realizar a sistematização da experiência em educação e formação em saúde dos cursos em PIS no DF, desenvolvidos pelo PSAT, visando fortalecer a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. O período de realização abrange desde o início da implementação dos cursos em 2021 até o presente ano.

Resultados
Conhecer os resultados advindos das formações em PIS ofertadas pela SES/DF em parceria com a FIOCRUZ e outras entidades formadoras, sua utilização pelos profissionais de saúde por meio por meio desse presente estudo.
Os cursos realizados até agora/o momento evidenciam e demonstram um fortalecimento na gestão da Política Distrital de Práticas Integrativas em Saúde (PDPIS), com profissionais de saúde qualificados como multiplicadores e facilitadores de PICS. Os participantes relataram melhorias significativas em seus espaços de trabalho e na disseminação dessas práticas.

Aprendizado e Análise Crítica
As experiências evidenciaram a importância de renovar o processo educativo e formativo dos profissionais de saúde no contexto das PICS, alinhando-se aos princípios do SUS. A metodologia qualitativa a ser aplicada e utilizada, está sendo baseada na sistematização de experiência de Holliday, o permite uma análise crítica dos processos formativos, destacando a necessidade de contínua inovação e adaptação para promover mudanças significativas na saúde coletiva. A conclusão ressalta que as PICS possuem o potencial de transformar o cuidado e a promoção da saúde, beneficiando a população usuária do SUS e fortalecendo a PNPIC para os cuidados em saúde.
Os conhecimentos, experiências e vivências adquiridas ao longo das formações e na promoção da saúde, constituem uma fonte dinâmica e rica de informações, influenciada por fatores que moldam constantemente essas práticas. A compreensão dessas nuances é crucial para uma abordagem mais holística e eficaz na promoção da saúde nos territórios de cuidado do DF. As práticas visão não apenas tratar os sintomas da doença, como no modelo hospitalocêntrico, mas também abordar suas causas subjacentes, promovendo o equilíbrio e a harmonia em todos os aspectos da vida do paciente, tratando o indivíduo de maneira integral.

Referências

BRASIL. Distrito Federal. Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. Política distrital de práticas integrativas em saúde: PDPIS / Secretaria de Estado de Saúde. Subsecretaria de Atenção Primária à Saúde. Gerência de Práticas Integrativas em Saúde – Brasília: Fepecs, 2014

FREITAS, Ana Lúcia de Souza. ¿Cómo sistematizar experiencias? Una propuesta metodológica. In: JARA, Oscar. La Sistematización de experiencias: práctica y teoría para otros mundos posibles. Colección: Educación Popular y Saberes Libertarios. Lima (Peru), 2014. 332p, cap. 5, p.189-232.

OLLIDAY, O. J. Para sistematizar experiências. tradução de: Maria Viviana V. Resende. 2. ed., revista. – Brasília: MMA, 2006.


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