Roda de Conversa

06/11/2024 - 08:30 - 10:00
RC8.23 - Cuidado, Formação e transformação

50590 - FLUXOGRAMA, CLASSIFICAÇAO DE RISCO E PLACAS IDENTIFICADORAS PARA UMA UNIDADE DE SAÚDE NO MUNICIPIO DE TERRA ALTA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
SIMONE LOPES DA GAMA ALVES - IFPA., CRISTIANE DOS SANTOS BAIA - IFPA., LIDIANE MOURA DA SILVA - IFPA., LUCIMARA NAZARÉ DE LIMA - IFPA., SILMARA SILVA DOS SANTOS - IFPA., VALKIRIA DE CRISTO BENTES - IFPA., MICHELLE DA SILVA PEREIRA - IFPA.


Contextualização
As placas de identificação, o fluxograma e a classificação de risco são ferramentas essenciais que empregam representações visuais facilitando a compreensão dos processos de saúde. Enquanto as placas direcionam os pacientes para seus respectivos atendimentos, o fluxograma ilustra de forma clara e sequencial as etapas do processo através de símbolos e setas. Por sua vez, a classificação de risco oferece uma avaliação inicial do paciente, determinando a urgência do atendimento necessário.
A importância de compreender e aprimorar tais processos, é crucial para garantir a qualidade dos cuidados e o bem-estar dos pacientes. A aplicabilidade destas ferramentas supracitadas no Centro de Saúde de Terra Alta – C.S.T., localizada no interior do Estado do Pará, sendo esta a primeira unidade em todo Município a implementar o fluxograma e a classificação de risco, não visa apenas orientar os usuários sobre os ambientes e os fluxos de atendimento, mas também aprimorar a clareza e a eficácia do processo, resultando em maior satisfação, eficiência operacional e qualidade no atendimento.
Para garantir a excelência, é fundamental continuar atualizando o fluxograma, considerando a expansão para outras unidades e adaptando-se às novas necessidades da comunidade. O constante aprimoramento dos processos de atendimento garantirá uma prestação de serviços cada vez mais eficiente e satisfatória.


Descrição da Experiência
Nossa pesquisa qualitativa foi conduzida no Centro de Saúde de Terra Alta – C.S.T., uma unidade de atendimento de Urgência e Emergência 24h, localizada no Município de Terra Alta, no Nordeste do Estado do Pará. Fizemos várias visitas à unidade e durante essa fase, observamos algumas necessidades imediatas, como a desorientação dos usuários desde sua chegada até o fluxo e a espera pelo atendimento dentro da unidade.
Para abordar esses desafios, iniciamos um estudo bibliográfico para compreender bem como implementar um produto que melhorasse a experiência do usuário, priorizando a qualidade dos serviços de saúde. Após extensa pesquisa e discussões, resolvemos por desenvolver um fluxograma de atendimento e classificação de risco visíveis no salão de espera, além de placas de identificação nas entradas da unidade.
Entregamos os produtos à unidade, o que gerou grande satisfação na equipe. Isso ressaltou a importância dessas ferramentas no cotidiano da unidade e destacou o valor do envolvimento dos alunos em todo o processo. Essa experiência não apenas enriqueceu o aprendizado teórico, mas também estabeleceu uma ponte tangível entre teoria e prática, preparando-nos para enfrentar futuros desafios na área da saúde com mais confiança e competência.


Objetivo e período de Realização
Durante fevereiro a maio de 2024, várias visitas foram feitas ao C.S.T. para avaliar e identificar problemas no atendimento. A partir disto criamos ferramentas como fluxograma, classificação de risco e placas identificadoras, para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde oferecidos. O objetivo foi otimizar o processo de atendimento, visando não apenas orientar os usuários, mas também melhorar a clareza e eficácia dos processos e promover uma prestação de serviços mais eficiente e satisfatória.

Resultados
Desenvolvemos placas identificadoras adesivas de fácil compreensão e as fixamos nas respectivas entradas da unidade de saúde, facilitando o acesso aos diferentes serviços disponíveis, eliminando a perda de tempo e confusão do usuário em procurar a entrada correta para seu atendimento.
Além disso, elaboramos um fluxograma de atendimento claro e direto, que mostra visualmente todas as etapas do processo, desde a chegada do usuário até o término do seu atendimento.
Realizamos também a classificação de risco, que é crucial para avaliar e determinar a urgência do atendimento, fornecendo informações transparentes sobre o tempo de espera ao paciente e seus familiares.
Com a entrega desses produtos, percebemos uma melhora significativa na orientação e na segurança dos usuários. A clareza nas entradas, no fluxo de atendimento e na comunicação dos tempos de espera resultou em uma experiência positiva e eficiente, contribuindo não somente para o aprimoramento dos serviços e para atender melhor às necessidades dos usuários mas também na satisfação dos colaboradores quanto a organização de todo sistema de atendimento.


Aprendizado e Análise Crítica
Durante o desenvolvimento do projeto, desde o início até a entrega dos produtos na C.S.T., tivemos valiosos aprendizados. Por exemplo, compreendemos a importância de identificar e abordar as necessidades dos usuários, visando sempre aprimorar a qualidade dos serviços de saúde oferecidos. Isso nos levou a refletir sobre a eficácia das ferramentas implementadas, bem como sobre os possíveis impactos positivos e áreas de melhoria.
Ao longo do projeto, aprendemos que a clareza na comunicação e na orientação dos usuários é essencial para garantir uma experiência satisfatória no ambiente de saúde. Além disso, desenvolvemos habilidades de trabalho em equipe, comunicação eficaz e resolução de problemas. A colaboração entre os membros da equipe foi fundamental para o sucesso, demonstrando a importância do trabalho conjunto na implementação de mudanças positivas no ambiente da saúde.
Ao percebermos áreas para aprimoramento e desenvolvimento futuro, recomendamos então, a aplicação do fluxograma em áreas da saúde e em diferentes contextos, buscando ampliar o impacto positivo dessa ferramenta na promoção da saúde pública e no bem-estar da população atendida, fazendo do C.S.T. não mais a única, mas a primeira de muitas unidades a utilizar tais ferramentas para promover melhores resultados com todos os recursos disponíveis.


Referências
D‘INNOCENZO, Maria. ADAMI, Nilce Piva.CUNHA movimento pela qualidade nos serviços de saúde e enfermagem Rev Bras Enferm 2006 janfev; 59(1): 84-8

JÚNIOR, José Aparecido Belluci, MATSUDA Laura Misue. Implantação do sistema acolhimento com classificação e avaliação de risco e uso do fluxograma analisador texto e contexto - enfermagem 21,217-225,2012

REIS, Valéria Maria. DAVID, Helena Maria Sherlowski Leal.O fluxograma analisador nos estudos sobre o processo de trabalho em saúde: Uma revisão. Revista de APS 13 (1),2010

RODRIGUES, Ludmila Barbosa Bandeira. SILVA, Patrícia Costa dos Santos, CARVALHO, Rarianne. Atenção Primária a saúde na coordenação das redes de Atenção:Uma revisão intergrativa. ,Ciência & saúde coletiva 19,343-352,2014.

Fonte(s) de financiamento: Não teve financiamento.


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