Roda de Conversa

05/11/2024 - 13:30 - 15:00
RC8.17 - Saberes e fazeres na gestão do trabalho em saúde

53671 - GESTÃO PÚBLICA NA ATENÇÃO BÁSICA: EDUCAÇÃO NA SAÚDE PARA IMPLANTAÇÃO DO PRÉ-NATAL DO HOMEM
ALDENIRA JOACLA CAETANO DA SILVA - UFRN, CAROLINE EVELIN NASCIMENTO KLUCZYNIK - UFRN, SHEILA SAINT-CLAIR DA SILVA TEODÓSIO - UFRN, MAURÍCIO WIERING PINTO TELLES - UFRN, JANETE LIMA DE CASTRO - UFRN


Apresentação/Introdução
O Ministério da Saúde (MS) delineia políticas que vislumbrem melhorar índices e avanços das condições de vida da população brasileira. Com esse intuito, foi criada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), com a finalidade de reduzir os indicadores de morbidade, mortalidade e agravos dessa população alvo (BRASIL, 2008). A PNAISH aposta na perspectiva da inclusão do tema da paternidade e cuidado, por meio do Pré-Natal do Parceiro, que se constitui como uma estratégia para o envolvimento, de homens nas suas diversas faixas etárias, em todas as ações voltadas ao planejamento reprodutivo (BRASIL, 2016). E, como uma porta de entrada para o homem nos serviços de saúde. A situação trabalhista é uma das barreiras mais significativas que impedem a presença do pai nas consultas pré-natais (COSTA; TAQUETE, 2017). Além disso, existe o despreparo dos serviços de saúde frente às demandas dos homens que procuram exercer a paternidade. Estudos apontam que até mesmo o convite aos homens não é uma prática comumente adotada (CARDOSO et al., 2018). Assim, a oferta de capacitação sobre a temática é uma estratégia relevante. Diante desse contexto, a implementação do Pré-Natal do Parceiro precisa ser repensada pela gestão pública na Atenção Básica. Uma das estratégias que podem contribuir para sua efetiva aplicação é a qualificação dos profissionais de saúde.

Objetivos
Construir proposta de educação na saúde sobre o pré-natal do homem para profissionais da Atenção Básica do Município de Riachuelo/RN.

Metodologia
Estudo de abordagem qualitativa, do tipo intervenção,. N a primeira etapa, realizada em agosto/2022, por meio de pesquisa descritiva-exploratória realizaram-se entrevistas com 13 gestantes, 13 pais e 23 profissionais de saúde. As falas foram submetidas a análise de conteúdo de Bardin. Na segunda etapa elaborou-se uma proposta de curso de capacitação visando atender a demanda de Educação Permanente. Seguiu-se a Resolução CNS 466/2012 e foi aprovado pelo CEP UFRN sob o parecer número 5.463.151.

Resultados e Discussão
Das entrevistas emergiram os seguintes eixos temáticos: Importância da presença do homem/pai na consulta pré-natal; Dificuldades para a participação do homem/pai; Utilização da educação em saúde para facilitar a participação do pai/homem; Capacitação profissional para implantação do pré-natal do homem. Em seguida, elaborou-se a proposta do curso: modalidade presencial, 30h, público-alvo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde da Atenção Básica. Conteúdo programático: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, doenças prevalentes e mortalidade; Acesso e acolhimento do homem; Paternidade; Leis, Portarias e Decretos; Empresa Cidadã; Vantagens da Ampliação da Licença Maternidade; Guia do pré-natal do parceiro, saúde sexual e reprodutiva, cuidados com o recém-nascido; Rede Cegonha e fluxo do pré-natal.

Conclusões/Considerações finais
Evidenciou-se a necessidade de capacitação dos profissionais e sugeriu-se uma oferta educacional. Espera-se que suscite reflexões pelos gestores e estratégias sejam repensadas para inclusão dos homens no pré-natal. Uma vez que a oferta educacional sugerida na pesquisa é uma estratégia de educação na saúde, que pode contribuir para superar esse desafio relacionado a formação dos profissionais na Atenção Básica a respeito da saúde do homem.

Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégias/Coordenação Nacional de Saúde do Homem. Guia do Pré-natal do parceiro para profissionais de Saúde. Ministério da Saúde, Rio de Janeiro, 2016.

CARDOSO, V. E. P. S. et al. A Participação do Parceiro na Rotina Pré-Natal sob a Perspectiva da Mulher Gestante. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 856-862, jul-set. 2018.

COSTA, S. F.; TAQUETTE, S. R. Atenção à gestante adolescente na rede SUS - o acolhimento do parceiro no pré-natal. Revista de Enfermagem UFPE on line, v. 11, n. 5, p. 2067-2074, 2017.


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