Roda de Conversa

06/11/2024 - 13:30 - 15:00
RC4.23 - Rede de Vigilância em Saúde (2)

52473 - ÍNDICE DE NOTIFICAÇÕES DE SÍFILIS CONGÊNITA NA BAHIA POR FAIXA ETÁRIA E SEXO NO PERÍODO DE 2018 A 2023
FERNANDA RIBEIRO MERLINO - GRADUAND ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA (EBMSP)., JOÃO GABRIEL SODRÉ - ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA (EBMSP), MARIA FERNANDA FELTRIN DE OLIVEIRA - ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA (EBMSP), JULIANA ALVES LEITE LEAL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, LUCIANE CRISTINA FELTRIN DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, LÍLIA PEREIRA LIMA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA


Apresentação/Introdução
A sífilis congênita é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum, cuja transmissão vertical ocorre por via hematogênica transplacentária. O aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal ocorrem em aproximadamente 40% das crianças infectadas por mães não tratadas, embora mais de 50% das crianças infectadas sejam assintomáticas ao nascimento. Diante disso, é fundamental análise epidemiológica para que ações sejam tomadas para reduzir a exposição da população à essa doença.

Objetivos
Analisar o índice de notificações de sífilis congênita entre os anos de 2018 e 2023, na Bahia.

Metodologia
Trata-se de um estudo quantitativo, ecológico, descritivo, baseado em dados notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN/SUS) do Ministério da Saúde por meio do DATASUS. Foram analisadas as variáveis faixa etária e sexo, no período de 2018 a 2023.

Resultados e Discussão
No período analisado, desde janeiro de 2018 até janeiro de 2023 a incidência de notificações por sexo é bem semelhante, sendo que a maior parte dos casos notificados se concentrou no sexo feminino (48,05%), constituindo uma razão M/F de 0,97: 1. Ainda, há uma parcela com o sexo não descrito, esses casos representam 5,30% de todas as notificações. Quanto a faixa etária, a maior prevalência foi observada em crianças com até 6 dias de vida (95,64%) e 7 a 27 dias (2,26%). Com relação ao total de casos em todas as faixas etárias, houve uma redução de -68,31%, o que acompanha um decréscimo de -68,67% no número de confirmados para faixa etária com até 6 dias de vida em todos os anos entre 2018 e 2023. Ressalta-se, entretanto que, apesar da redução global dos casos, entre 2019 e 2021 houve um aumento de 17,11% das notificações de sífilis congênita, seguindo o aumento das faixas etárias de até 6 anos (aumento de 19,19%) e 28 dias a <1 ano (aumento de 86%).

Conclusões/Considerações finais
Os achados mostram que mesmo com pouca diferença em relação ao masculino, a maior ocorrência de óbitos por sífilis congênita na Bahia é entre meninas, na faixa etária de até 6 dias de vida. É importante ressaltar que apesar de haver redução total das notificações entre 2018 e 2023, esse decréscimo não foi constante, tendo em vista o aumento entre os anos de 2019 e 2021 que sinaliza a necessidade de intensificação de ações de promoção e prevenção direcionadas às gestantes.

Referências
Avelleira JCR, Bottino G. Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle. An Bras Dermatol [Internet]. 2006Mar;81(2):111–26. Available from: https://doi.org/10.1590/S0365-05962006000200002

Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico Sífilis. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

Brasil. Ministério da Saúde. Sífilis Congênita: Guia de Vigilância Epidemiológica. Ed. 6, Brasilia, 2007.

FREITAS, Francisca Lidiane Sampaio et al . Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: sífilis adquirida. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 30, n. esp1, e2020616, 2021 . Disponível em . acessos em 10 jun. 2024. Epub 28-Fev-2021. http://dx.doi.org/10.1590/s1679-4974202100004.esp1.

Fonte(s) de financiamento: Não houve financiamento de órgãos de fomento ou outras instituições.


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