05/11/2024 - 08:30 - 10:00
RC4.12 - Rede de Acolhimento e Cuidado |
48942 - ATENÇÃO AO CUIDADO INSTITUCIONAL: FORTELECER PARA DENTRO É FORTELECER PARA FORA
LUCIANA MELO DE SOUZA LEÃO - HC/UFPE, JOSIANNE MATOS - HC/UFPE
Contextualização
Após um longo período da gestão do serviço de psicologia de um hospital-escola de referência de PE não transitar de mãos e ideias, assumimos esse lugar (a coordenação e a vice coordenação do serviço) com muitas ideias, expectativas e motivação para viabilizar os anseios que nos afetavam junto aos anseios de nossos pares, partindo do entendimento de que fortalecer a gestão para dentro significava potencializar a gestão para foram, ou seja, junto à rede de saúde mental de nosso município e também Estado.
Descrição da Experiência
Ao reportar as ações de formação, podemos apontar aquelas voltadas para os estudantes, sejam os do estágio básico ou os do específico, como também para os residentes de psicologia inseridos no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde do Hospital das Clínicas (PRMIS). Ainda que tenhamos um compromisso de receber estagiários da UFPE por estarmos falando de uma mesma instituição, houve mudanças no sentido de termos nos aproximado mais do Departamento de Psicologia e como resultado de um encontro costurado pela gestão, passamos a compreender melhor o modus operandi de cada espaço e assim pudemos avançar em pontos sensíveis, tais quais, a forma de seleção dos estudantes interessados em realizar o estágios nos diferentes setores do HC; a importância de voltar a oferecer a disciplina de Psicologia Hospitalar por parte do Departamento e a criação de uma comissão para tratar dos assuntos relativos ao estágio. Sobre esta última vale destacar o empenho em elaborar uma semana de acolhimento para todos os estudantes, com aulas sobre temas que versavam sobre questões mais técnicas como preenchimento de prontuários a temas mais subjetivos como a discussão sobre a ‘morte e o morrer’.
Objetivo e período de Realização
O objetivo do presente trabalho foi apontar as iniciativas realizadas durante a gestão que tangenciaram as práticas ancoradas na Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, a qual prevê ações relativas à formação, à atenção, à gestão e à participação a fim de favorecer e fortalecer as práticas para dentro e para fora do espaço institucional, bem como buscou refletir sobre os avanços e as dificuldades encontras durante o dado período que compreendeu os anos de 2020 a 2023.
Resultados
Aqui vale um adento caro à Educação Permanente em Saúde que versa sobre a importância da comunicação e do diálogo horizontalizado, seja em respeito aos pares, seja com o propósito de que os acordos sejam construídos pelas mãos de muitos e, portanto, mais passíveis de serem levados a cabo. Considerando pois, a participação como premissa básica de nosso trabalho frente à gestão, passemos para a dimensão da atenção que, no nosso caso, faremos a divisão entre a atenção voltada para os usuários assistidos na enfermaria do hospital e entre aqueles acompanhados no âmbito do ambulatório.. Por fim, do ponto de vista da gestão, vale frisar o debruçamento na construção de nosso regimento interno, a conquista de uma sede institucional da psicologia que, até então, não contávamos e a instituição de diferentes espaços de troca: operacionais; pedagógicos e também afetivos.
Aprendizado e Análise Crítica
Os desafios não cessam, além de nossa preocupação com a chegada de mais profissionais no ambulatório e em outros setores da enfermaria que costumam demandar mais, existem pressões internas ligadas à produtividade, à co-exitência de vínculos advindos do Regime Jurídico Único (RJU) e da Ebserh, ao lugar de assistência versus o lugar de formação em um hospital-escola que atravessam e tensionam as nossas práticas de cuidado e que, ao fim e ao cabo, refletem no nosso diálogo com a rede de serviços a qual nos inserimos no lugar de um serviço de referência, de alta complexidade.
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009.
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