49461 - ANÁLISE DAS FONTES DE INFORMAÇÃO SOBRE VACINAÇÃO INFANTIL ACESSADAS POR PAIS/RESPONSÁVEIS PATRÍCIA DE LIMA LEMOS - PROF-SAÚDE/FIOCRUZ E PPGBIOS/FCS, FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS., LORENA ARAÚJO RIBEIRO - PROF-SAÚDE/FIOCRUZ, FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS., JULIA DOS SANTOS DALL ANORA CUCHI - FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS., MATHEUS RODRIGUES DA CRUZ - FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS., GLEYSON SOUZA DA COSTA - FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS., BRUNO HENRYQUE MARCONATO - FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS., LUCAS LEONAR LIMAS DE FREITAS - FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS., JAQUELINE COSTA LIMA - FACULDADE DE ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
Apresentação/Introdução
O Programa Nacional de Imunização (PNI), instituído no ano de 1973 com o compromisso de coordenar ações sistemáticas de vacinação em âmbito nacional, é referência mundial e marco na história da saúde pública. Apesar do sucesso alcançado pelo PNI, há uma crescente desconfiança da população mundial acerca da vacinação na última década, especialmente a partir de 2016 e, mais acentuada com a pandemia de COVID-19 (DOMINGUES, 2020; MASSARANI et. al, 2020). A hesitação vacinal, definida como atraso ou recusa em aceitar as vacinas recomendadas, tem se tornado um problema evidente. É um fenômeno comportamental complexo, influenciado por diversos fatores relacionados entre si (MACDONALD, SAGE, 2015). Neste cenário, a intensa propagação de fake news, que se tornou motivo de preocupação para a saúde pública, sobretudo no âmbito da vacinação, o que faz necessário compreender fontes de informação relacionadas.
Objetivos
Levantar as principais fontes de informação sobre vacinação infantil acessadas por pais/responsáveis e identificar as fontes que estimulam a hesitação vacinal infantil.
Metodologia
Estudo analítico de natureza qualitativa, ocorrido em cinco Unidades Saúde da Família (USF) de Rondonópolis/MT, com pais/responsáveis de crianças de até dois anos de idade pertencentes a área de abrangência das unidades selecionadas. O levantamento de dados por meio de Grupos Focais (GF) ocorreu entre os meses de julho e novembro de 2023, analisados posteriormente mediante a técnica de Análise de Conteúdo do tipo Temática.
Resultados e Discussão
Entre os entrevistados, destaca-se a predominância das mídias sociais como fonte de informação, que incluem os sites de busca, a televisão, as publicações institucionais na mídia e, especialmente, as redes sociais, sendo essas últimas mais utilizadas para disseminar desinformação sobre a vacinação. Os serviços de saúde, especialmente aqueles pertencentes à Atenção Primária à Saúde (APS), foram apontados como os meios mais confiáveis de informação e como importantes estimuladores da vacinação, sendo o profissional da área constantemente buscado para confirmação do que foi encontrado em pesquisas prévias, seguido pela Atenção Primária à Saúde (APS).
Conclusões/Considerações finais
Observa-se que as fontes mais acessadas pelos pais/responsáveis são os meios considerados mais suscetíveis à propagação de informações falsas/fake news. Tendo em vista o quanto essa busca por esclarecimento influencia a hesitação vacinal infantil, torna-se vital que os serviços de saúde e as publicações institucionais exerçam o protagonismo esperado na formação de conhecimento a respeito dos imunizantes.
Referências
Domingues CMAS, Maranhão AGK, Teixeira AM, Fantinato FFS, Domingues RAS. The Brazilian National Immunization Program: 46 years of achievements and challenges. Cad Saúde Pública [internet]. 2020 [acesso em 2024 mar 29]; 36(14 Suppl 2): e00222919. MacDonald NE; SAGE Working Group on Vaccine Hesitancy. Vaccine hesitancy: defini-tion, scope and determinants. Vaccine 2015; 33:4161-4. Massarani L, Leal T, Waltz I. O debate sobre vacinas em redes sociais: uma análise exploratória dos links com maior engajamento. Cad Saúde Pública [internet]. 2020 [acesso em 2024 mar 29]; 36(14 Suppl 2): e00148319. Razai MS, Oakeshott P, Esmail A, Wiysonge CS, Viswanath K, Mills MC. COVID-19 vac-cine hesitancy: the five Cs to tackle behav¬ioural and sociodemographic factors. J R Soc Med 2021; 114:295-8.
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