05/11/2024 - 13:30 - 15:00 RC7.6 - Telessaúde, Teletrabalho e Teleeducação: aprendizados e desafios |
52791 - VALIDAÇÃO POR ESPECIALISTAS DE UMA TECNOLOGIA EDUCATIVA DIGITAL PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL DE ADOLESCENTES QUITERIA LARISSA TEODORO FARIAS - PLURALMED, MARISTELA INÊS OSAWA VASCONCELOS - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ, ELIANY NAZARÉ OLIVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ, ADRIANA GOMES NOGUEIRA FERREIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, JOYCE MAZZA NUNES ARAGÃO - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ, IANE XIMENES TEIXEIRA - FACULDADE LUCIANO FEIJÃO, SIBELE PONTES ROCHA - FACULDADE LUCIANO FEIJÃO, ANA SUELEN PEDROZA CAVALCANTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, DANIELA LÍGIA RIBEIRO BARROS - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ, LIELMA CARLA CHAGAS DA SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
Apresentação/Introdução As intervenções para promoção da saúde mental de adolescentes devem fortalecer os fatores de proteção e melhorar as alternativas aos comportamentos de risco. É necessária uma abordagem multinível por meio de mídias digitais, considerando os ambientes de saúde, sociais, educacionais ou comunitários, que sejam frequentados por eles (OPAS, 2018). Todavia, pensar em ações promotoras de saúde para o público jovem do século XXI, perpassa por pensar em Tecnologias Educacionais. Baseado nisso, o Laboratório de Pesquisa Social, Educação Transformadora e Saúde Coletiva (LABSUS/UVA) construiu no Moodle da UVA o curso “Conect@dos com a S@úde” para auxiliar as ações de promoção à saúde mental de adolescentes escolares, o mesmo já passou pelo processo de validação com o público-alvo e abrange temáticas pertinentes ao contexto da saúde mental nessa faixa etária (Rocha, 2019). Compreende-se que, para que o curso esteja apto a ser utilizado é necessário ainda sua avaliação por profissionais expertises na área. Deste modo, o presente estudo tem a proposta de validar, em aparência e conteúdo, o curso com especialistas na área da saúde mental, saúde do adolescente e Tecnologia da Informação.
Objetivos Validar, em aparência e conteúdo, uma tecnologia educativa digital sobre promoção da saúde mental de adolescentes.
Metodologia Estudo de validação, descritivo com abordagem quantitativa, fundamentado no referencial de Galvis Panqueva (1999) que divide o processo de validação em duas etapas: Avaliação(processo de seleção dos juízes e o julgamento do curso por estes) e Administração(análise dos apontamentos destacados e realizado as modificações necessárias). Os dados foram coletados de junho a dezembro de 2020. Participaram 11 juízes selecionados pelos critérios propostos por Silva (2015) e Pinto (2018). Foram utilizados o Instrumento de Validação de Conteúdo Educativo em Saúde adaptado de Leite et al (2018) e o Instrumento de Validação de Aparência para Tecnologia Educativa adaptado por Pinto (2018). Ambos organizados em escala likert variando de 1 a 4. Para verificar a validade de conteúdo e aparência do curso foi utilizado o Índice de Validade do Conteúdo (IVC), IVC global e o teste binomial. Considerou-se válidos os itens que apresentaram concordância entre os juízes igual ou maior que 0,80 (Rubio et al., 2003). Seguiu-se o preconizado pela Resolução n° 466/12, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob número: 3.241.783.
Resultados e Discussão Os especialistas foram divididos em dois grupos: oito juízes conteudistas, sendo quatro expertises nas áreas de saúde do adolescente e quatro na área de saúde mental; e três juízes técnicos da área de tecnologia da informação. Os juízes conteudistas avaliaram o curso quanto aos seus objetivos, a estrutura/apresentação e a relevância e todos os critérios foram considerados válidos, com IVC e valor de p >0,80 em todos os itens, e um IVC geral de 0,98. Foi avaliado a confiabilidade do curso para com sua proposta de promoção da saúde, à medida que confirma que o curso proporciona conhecimento, incentivando a mudança de comportamento nos adolescentes. Além disso, avaliou-se a forma como as informações estão apresentadas, a partir das estratégias utilizadas, a linguagem e a pertinência da temática e considerou-se, ainda, a relevância do curso para com sua capacidade de estimular o aprendizado, contribuir para o conhecimento e despertar o interesse pela temática, no qual, houve concordância plena entre os juízes. Os juízes técnicos avaliaram o curso quanto à sua funcionalidade, usabilidade e eficiência, quatro itens tiveram IVC 0,67 e valor de p de 0,49. Os demais obtiveram IVC e valor de p >0,80, com um IVC geral de 0,85. Deste modo, foi verificado sua adequação para favorecer uma reflexão crítica acerca da temática de saúde mental e sua capacidade de gerar resultados positivos, a praticidade em sua realização, em relação ao modo de navegação, a linguagem e as informações contidas e, quanto a eficiência do curso, referindo-se ao tempo para sua realização, número de aulas, sua organização e os recursos utilizados no Moodle. Foram incorporadas as sugestões dos juízes para todos os itens avaliados, validados ou não, conforme recomendado por Galvis Panqueva (1999).
Conclusões/Considerações finais O processo de validação é imprescindível para que a tecnologia educativa construída seja, de fato, um material de qualidade e adequado ao público adolescente. A sua realização contemplando expertises das três áreas do conhecimento que abrangem o curso, a saber: saúde mental, saúde do adolescente e tecnologia da informação, foi fundamental, pois possibilitou uma diversidade de olhares, tornando o material mais próximo das necessidades e especificidades do seu público. A validação dos juízes conteudistas demonstrou-se satisfatória e todos os itens obtiveram IVC e valor de p >0,80. Desta forma, considera-se que o material foi validado quanto aos seus objetivos, estrutura/apresentação e relevância. Na validação pelos juízes técnicos houve quatro itens que não atingiram a pontuação necessária, dos quais foram revisados e adequados de acordo com as sugestões dos mesmos. Ademais o curso foi validado quanto a sua usabilidade, funcionalidade e eficiência.
Referências GALVIS-PANQUEVA, A; MENDOZA, P. Virtual learning environments: una methodology nfor creation. Informática Educativa, v.12, n.2, p. 295-317, 1999.
OPAS. Folha informativa - Saúde mental dos adolescentes. Atualizada em setembro de 2018.
PINTO, A.C.S et al. Uso de Tecnologias da Informação e Comunicação na educação em saúde de adolescentes: revisão integrativa. Rev enferm UFPE on line., v. 11, n. 2, p. 634-44,
fev., 2017.
ROCHA, S.P. Saúde mental na adolescência: construção e validação de um curso mediado por tecnologia digital. Dissertação (mestrado)- Universidade Federal do Ceará, Campus
Sobral, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família, Sobral, 2019.
RUBIO, D. M. et al. Objectifying content validity: Conducting a content validity study in social work reseach. Social Work Research, v. 27, n. 2, p. 94-111, 2003.
Fonte(s) de financiamento: Bolsa Funcap e CNPq
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