Roda de Conversa

05/11/2024 - 13:30 - 15:00
RC7.5 - Saúde digital e vigilância: aprendizados, desafios e perspectivas

52686 - ANÁLISE DOS DISPAROS DE ALERTAS DE TECNOVIGILÂNCIA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO
LARISSA DA SILVA OLIVEIRA - UERJ, PEDRO GUIMARÃES COSCARELLI - UERJ, FÁTIMA NAPOLEÃO - UERJ, MARIANY SOUSA OLIVEIRA DE ARAÚJO - UERJ, LARISSA DA SILVA OLIVEIRA - UERJ, PEDRO GUIMARÃES COSCARELLI - UERJ, FÁTIMA NAPOLEÃO - UERJ, MARIANY SOUSA OLIVEIRA DE ARAÚJO - UERJ


Apresentação/Introdução
A Rede Sentinela foi implantada pelo Ministério da Saúde para servir de observatório do desempenho e segurança de produtos de saúde após a autorização para comercialização, incluindo ações de tecnovigilância.
As ações de tecnovigilância objetivam monitorar o comportamento dos dispositivos médicos comercializados no Brasil através da Vigilância de Eventos Adversos (EA) e Queixa Técnicas (QT) de produtos de saúde.
Entra as ações estão a notificação de EA e QT em qualquer nível de atenção à saúde, e a retransmissão dos alertas de EA e QT emitidos pela esfera federal, estadual e municipal.
Cabe aos hospitais que recebem os alertas prevenir novas ocorrências de EA ou consequências clínicas e administrativo-financeiras decorrentes dos produtos alertados.
Poucos estudos avaliam o fluxo dos alertas disparados pelas diversas esferas federativas, e ainda menos estudos acompanham o fluxo intra-hospitalar dos alertas de EA e QT emitidos. Sendo assim, analisamos o fluxo intra-hospitalar em um hospital universitário da capital do Estado do Rio de Janeiro.


Objetivos
Avaliar o fluxo de comunicação interna organizacional utilizado pela gerência de risco para o disparo de alertas internos para os diversos setores em um hospital universitário participante da Rede Sentinela do Estado do Rio de Janeiro.

Metodologia
O estudo foi conduzido através da análise secundária do banco de dados de todos os disparos internos de alertas de tecnovigilância no período de janeiro de 2017 até dezembro de 2023 no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) na capital do Estado do Rio de Janeiro. O HUPE é participante da Rede Sentinela. Todos os disparos internos foram realizados através de comunicação interna (CI).
Um dos técnicos da Gerência de Risco do HUPE coleta os alertas publicadas no Portal da Anvisa e encaminha através de CI para os diversos setores do hospital, conforme a relevância. Cada alerta é repassado a um ou mais setores do estabelecimento de saúde.
Quanto a estrutura do banco de dados, foi utilizado o programa Libre Office para imputação e tratamentos dos dados, e foram elaborados tabelas e gráficos para melhor visualização dos resultados utilizando o programa Microsoft Power BI. As variáveis escolhidas para análise incluem o produto do alerta, a data do disparo da CI e o setor do hospital envolvido.


Resultados e Discussão
A análise compreendeu dados do período de janeiro de 2017 a dezembro de 2023. Foram encontrados um total de 9.693 disparos para 2.166 alertas. Os anos que com maior número de disparos enviados dentro do hospital foram 2019 (388) e 2023 (383).
Quanto aos setores envolvidos, foram identificados 64 setores que receberam ao menos 1 alerta no período de 2017 a 2023. Os setores que mais receberam disparos foram Direção de Enfermagem (1.699, 77,5% do total de alertas, 17,5% do total de disparos), Direção Médica (1.693, 77,2% do total de alertas, 17,5% do total de disparos), Núcleo de Segurança do Paciente (1.199, 54,7% do total de alertas, 12,4% do total de disparos), Direção Geral (1.162, 53,0% do total de alertas, 12,0% do total de disparos) e Setor de Engenharia Clínica (834, 38,0% do total de alertas, 8,6% do total de disparos). Além desses setores, Centro de Órteses, Próteses e Materiais Especiais; Serviço de Laboratório, Laboratório Central e Central de Materiais receberam mais de 300 disparos no período.
Em 2017 o número de alertas (220) é próximo ao número de disparos (224), ou seja, cada alerta era disparado para apenas um setor. Entretanto, houve um aumento progressivo da relação de disparos por alerta até o ano de 2021, quando a relação alcançou 5,9 disparos por alerta. Nos anos seguintes houve pequena redução, com a relação disparos por alerta igual a 4,1 em 2023.


Conclusões/Considerações finais
O estudo possibilitou avaliar o processo de trabalho e suas modificações no tempo de uma das ações de tecnovigilância realizada pela Gerência de Risco do hospital universitário. A compreensão do processo de trabalho auxilia na proposição de melhorias da eficiência e da efetividade.
Destaca-se entre os setores que a Coordenadoria de enfermagem é a mais alertada, visto que, os profissionais de saúde da área possuem um maior contato com o paciente e concomitantemente com os dispositivos médico hospitalares, facilitando o reconhecimento de algum evento adverso ou algum defeito com o produto.


Referências
SANTOS, Alice Cardoso Pereira. Desenvolvimento de uma metodologia de avaliação da qualidade de óleos essenciais. 2020. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Farmácia) - Universidade de Brasília, Brasília, 2020. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/32870/1/2020_AliceCardosoPereiraSantos.pdf . Acesso em: 14 de maio de 2024.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Ação de campo. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-monitoramento/tecnovigilancia/acao-de-campo . Acesso em: 14 de maio de 2024.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Rede Sentinela. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-monitoramento/rede-sentinela/rede-sentinela-1 . Acesso em: 14 de maio de 2024.


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