52248 - FORMAÇÃO-AÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE LUTA POR SAÚDE E DIREITOS PARA AS MULHERES VIRGÍNIA DA SILVA CORRÊA - FIOCRUZ BRASÍLIA, GISLEI SIQUEIRA KNIERIM - FIOCRUZ BRASÍLIA, ANDRÉ LUIZ DUTRA FENNER - FIOCRUZ BRASÍLIA, LUIZA DUTRA GARCIA - FIOCRUZ BRASÍLIA, FÁTIMA CRISTINA CUNHA MAIA SILVA - FIOCRUZ BRASÍLIA, ANA PAULA ANDRADE SILVA MILHOMEM - FIOCRUZ BRASÍLIA, YASMIM SILVA DA CRUZ - FIOCRUZ BRASÍLIA, GABRIEL CUNHA MAIA SILVA - FIOCRUZ BRASÍLIA, FRANCYSLANE VITÓRIA DA SILVA - FIOCRUZ BRASÍLIA, JULIANA CHAGAS DE SOUZA - FIOCRUZ BRASÍLIA
Contextualização É visando produzir, disseminar e compartilhar conhecimentos e tecnologias aos temas que envolvem Saúde, Ambiente e Trabalho e que contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida da população brasileira, para a redução das desigualdades sociais, que o Programa de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT), da Fiocruz Brasília traça estratégias de formação-ação junto as comunidades, mediada por um diálogo com a gestão local e federal.
Foi neste caminhar que a temática de gênero se tornou uma pauta importante dentro do PSAT, durante várias formações desenvolvidas tinham-se grupos voltados pesquisando, atuando e refletindo sobre a luta das mulheres por seus direitos e o impacto na vida das mulheres.
Foi com essa experiência e compreendendo a importância de se aprofundar a reflexão e o desenvolvimento de ações voltadas à garantia da saúde, do trabalho digno, de renda e moradia, o combate à violência, o respeito a diversidade, entre outros, que se inicia a construção de um novo processo de formação-ação específico para as mulheres, quem abordasse o seu local de fala em diálogo com a determinação social da saúde que impacta diretamente na vida das mulheres.
Descrição da Experiência Essa parceria permitiu a realização do Curso Livre de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho com ênfase na Saúde da Mulher, que assumiu o desafio de mobilizar as mulheres e trabalhar a perspectiva de gênero e do feminismo, fortalecendo e gerando autonomia por meio do compartilhamento de saberes e práticas, da construção de conhecimentos sobre vigilância popular em saúde, no desvelamento de suas potencialidades e na articulação de estratégias de enfrentamento a pandemia da Covid-19. Foi realizada nos estados de AL, CE, DF, PE, RJ e TO e posteriormente no RN.
As experiências mencionadas acima destacaram a necessidade de avançar, assim surgiu o Curso de Especialização e Livre em Direitos Humanos, Participação Social e Promoção da Saúde das Mulheres, com educandas de Especialização (com graduação) e Livre (sem graduação), um outro princípio orientador é o diálogo intercultural entre educandas e educadoras.
A metodologia é orientada pela pedagogia da alternância, momento na escola (presencial com elementos teóricos e de convivência) e outro na comunidade (com a práxis), trazendo uma relação orgânica entre teoria e prática. Os temas abordados são: Determinação Social da Saúde, Sociedade e Políticas Públicas para as Mulheres; Direitos Humanos, Saúde da Mulher e Participação Social; Promoção e Vigilância em Saúde, Ambiente e Trabalho das Mulheres; e Metodologia.
Objetivo e período de Realização Contribuir na qualificação do debate e na construção de novos conhecimentos e saberes, dialogando saberes acadêmicos e populares de forma integrada, participativa e democrática, abordando de forma transversal a questões de gênero, a determinação social da saúde, a promoção e vigilância em saúde, ambiente e trabalho.
A primeira formação ocorreu entre 2021 e 2022 e a segunda iniciou em 2024 com previsão de término em 2025.
Resultados Até o presente momento tivemos um envolvimento de 400 (quatrocentas) mulheres na formação, sendo que dessas aproximadamente 300 (trezentas) mulheres foram certificadas no Curso Livre de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho com ênfase na Saúde da Mulher. E agora com o Curso de Especialização e Livre em Direitos Humanos, Participação Social e Promoção da Saúde das Mulheres tivemos uma procura de mais de 500 (quinhentas) mulheres nas duas modalidades de Curso e a consolidação de uma turma com 70 (setenta) inscritas na Especialização e 12 (doze) no Curso Livre, além de um envolvimento de aproximadamente 30 (trinta) educadoras no decorrer do processo de formação.
Aprendizado e Análise Crítica Espera-se que essa temática se consolide dentro do PSAT com um eixo estruturante.
Que a troca de experiências entre as formações, proporcione a consolidação das reflexões em alguns territórios contribuir para a transformação dos espaços onde as educandas atuam. Destacamos que temos educandas na Especialização que estiveram a frente das turmas do Curso Livre de Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho com ênfase na Saúde da Mulher.
Compreende-se que a troca de experiências pessoais e profissionais durante a formação, possa contribuir para novos processos de formação similares aconteçam, quebrando as barreiras acadêmicas e promovendo debates mais democráticos em relação à temática. Espera-se que essas formações possam contribuir para o empoderamento das mulheres, proporcionando-lhes ferramentas para atuarem como agentes de transformação em suas comunidades.
Referências SILVA, L. H. da. Educação do Campo e Pedagogia da Alternância: A experiência brasileira. Sísifo - Revista de Ciências Da Educação, v. 8, n. 5, p. 105-112, 2007.
|