51443 - A POLÍTICA DE NUTRIÇÃO INFANTIL NA GUINÉ-BISSAU: O AUMENTO DE CASO DE DESNUTRIÇÃO INFANTIL NO SECTOR AUTONOMO DE BISSAU ENTRE AS CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS TCHERNO AMADU BA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
Apresentação/Introdução Desnutrição afeta todos os grupos etários, mas é mais comum nos países em desenvolvimento e entre as crianças, idosos e mulheres grávidas. No Reino Unido, 2 milhões de pessoas foram consideradas desnutridas em 2009 e mais 3 milhões pessoas foram consideradas em risco de se tornar desnutridos. Um quarto de todas as admissões no Reino Unido são devido à desnutrição. ( MSF, 2009)
No caso da Guiné-Bissau, a desnutrição infantil nas crianças de 0 a 5 anos é considerado como algo preocupante no sistema da saúde publica. Conforme os dados do Ministério da Saúde do país, nas crianças dos 6 aos 59 meses, é a desnutrição que prevalece, sob as suas diferentes formas : 27,4 % tem um atraso de crescimento (desnutrição crónica), 6,5 % são emaciados (desnutrição aguda) e 17,5 % têm um défice ponderal que reflete tanto a desnutrição aguda como a desnutrição crónica (SMART 2012).
A luz do exposto as questões que orientarão esta problematica são:
a) Quais são as políticas implementadas pelo Estado guineense com vista a reduzir a taxa de desnutrição infantil no Setor Autonomo de Bissau (SAB) ? Quais são as principais causas da desnutrição infantil nas crianças de a 5 anos de idade?
b) Quais são os tipos de desnutrição mais frequente nessa faixa etária?
c) Quais são os programas de assistencia social implementadas por últimos Governos com vista a reduzir a desnutrição infantil no país?
Objetivos Analisar a política de nutrição infantil na Guiné-Bissau: o aumento de caso de desnutrição infantil.
a) Analisar as políticas implementadas pelo Estado guineense com vista a reduzir a taxa de desnutrição infantil no Setor Autonomo de Bissau (SAB).
b) Identificar as principais causas da desnutrição infantil nas crianças de 0 a 5 anos de idade.
c) Averiguar os programas de assistencia social implementadas por últimos Governos com vista a reduzir a desnutrição infantil no país.
Metodologia Para esta pesquisa será realizada uma coleta de dados bibliográficos, através do levantamento de bibliografias publicadas e que tenham relação com o tema a ser estudado, usando entrevista, partindo de seguintes descritores: Desnutrição infantil, políticas publica para saúde, Guiné-Bissau. nutrição infantil e entre outros. A finalidade desta técnica consiste em colocar o pesquisador em contato direto com os materiais produzidos sobre o tema, de modo a lhe facilitar na busca de soluções e explorar as novas possíveis áreas ainda com problemas insuficientemente cristalizadas (MARCONI, 1986).
A condução da entrevista será semiestruturada, cuja principal característica baseia-se em um roteiro que apresentará questões com respostas abertas, não previamente codificadas, nas quais o entrevistado pode discorrer livremente sobre o tema proposto ou pergunta formulada, embora possa apresentar algumas indagações com respostas previamente codificadas, a fim de seguir a problemática e os objetivos da pesquisa (CORTES, 1998). Para May (20004), este tipo de entrevista permite que as pessoas respondam mais nos seus próprios termos do que as entrevistas padronizadas.
Resultados e Discussão O Setor Da Saúde Da Guiné-Bissau
A falta de acesso a alimentos nutritivos é outro desafio significativo. A agricultura na Guiné-Bissau é principalmente de subsistência, e a produção de alimentos é afetada pela instabilidade política, condições climáticas adversas e infraestrutura precária. Como resultado, muitas crianças não recebem a variedade necessária de alimentos para uma nutrição adequada.
Além disso, a falta de saneamento básico é um problema sério na Guiné-Bissau. A falta de acesso a água potável limpa e instalações sanitárias adequadas contribui para a propagação de doenças e infecções, o que pode agravar a desnutrição e enfraquecer ainda mais o sistema imunológico das crianças.
A falta de conscientização sobre práticas nutricionais adequadas também desempenha um papel importante. Muitas vezes, as famílias não têm conhecimento suficiente sobre a importância da amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida, introdução adequada de alimentos complementares e cuidados nutricionais adequados para crianças pequenas.
Organizações nacionais e internacionais estão trabalhando em conjunto para abordar a desnutrição infantil na Guiné-Bissau. Isso envolve melhoramento da segurança alimentar, fortalecer os sistemas de saúde, fornecer suplementos nutricionais, melhorar o acesso à água potável e promover a conscientização sobre práticas nutricionais adequadas.
Conclusões/Considerações finais A nutrição infantil desempenha um papel crucial no desenvolvimento e na saúde das crianças. Uma alimentação saudável desde a infância ajuda a estabelecer hábitos alimentares saudáveis, promovendo uma saúde ótima a longo prazo.
Aqui estão alguns aspectos importantes da nutrição infantil: Aleitamento materno: O aleitamento materno exclusivo é recomendado pela Organização Mundial da Saúde como a melhor forma de alimentação para os bebês nos primeiros seis meses de vida. O leite materno contém todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudáveis do bebê, além de oferecer proteção contra doenças.
Alimentação equilibrada: A equilibrada para crianças deve incluir uma variedade de alimentos de diferentes grupos, como frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura.
Educação nutricional: É essencial fornecer educação nutricional aos pais, cuidadores e crianças para promover escolhas alimentares saudáveis.
Referências Ana Rosa Reis (11 de novembro de 2009). MSF faz apelo por maiores fundos para a desnutrição infantil. MSF Notícias.
MAY, TIM. Pesquisa Social: questões, métodos e processos. Porto Alegre: Artmed, 2004.
MARCONI, M. Metodologia científica. São Paulo: Atlas. 1986.
Pediatria do hospital nacional Simão Mendes; 15/04/2017.
Relatório de MSF, março de 2017. Consulta local. Escritório MSF, Bissau-Guiné-Bissau. Direção geral de promoção e prevenção de saúde publica da Guiné-Bissau; 22/05/2017.
M. G. T.; VIEIRA, N. F. C.; VARELA, Z. M. V. Saúde da família II: espaço de incerteza e possibilidades.
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