53955 - A GESTÃO DAS FILAS PARA CIRURGIAS ELETIVAS NO SUS: DESAFIOS E POSSIBILIDADES LARA VITORIA LARA DA SILVA D ALMEIDA - ICICT/FIOCRUZ, MONICA TESTA MORANGUEIRA - IESC/UFRJ, PAULO EDUARDO XAVIER DE MENDONÇA - IESC/UFRJ
Apresentação/Introdução A gestão das filas para cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS) representa um desafio significativo, com impactos diretos na qualidade e na equidade do acesso aos serviços de saúde. A demanda por procedimentos eletivos, combinada com restrições financeiras e infraestruturais, contribui para a formação de longas filas de espera. Este trabalho analisa as origens e os fatores determinantes das filas para cirurgias eletivas no SUS, destacando a insuficiência da capacidade instalada e a utilização ineficiente dos recursos existentes. Aborda também a importância de uma coordenação nacional para estabelecer critérios de priorização baseados nas condições sociais e de saúde dos pacientes, com reavaliação periódica à medida que esperam na fila. O objetivo é oferecer uma visão crítica sobre a complexidade dessa questão e sugerir diretrizes para uma gestão mais eficaz e equitativa das filas de espera.
Objetivos O objetivo deste trabalho é analisar as causas das filas para cirurgias eletivas no SUS, identificando fatores como a insuficiência de capacidade instalada e a utilização ineficiente dos recursos disponíveis. Além disso, busca-se propor diretrizes para uma gestão mais eficiente e equitativa das filas, destacando a importância de uma coordenação nacional e a definição de critérios claros e justos de priorização.
Metodologia A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa, utilizando revisão da literatura e análise documental. A coleta de dados foi realizada em duas bases principais: Scielo e Google Acadêmico. No Scielo, foram usados termos como "Regulação em Saúde", "Cirurgia Eletiva" e "Gestão de Fila", resultando na seleção de 262 artigos. No Google Acadêmico, a pesquisa foi refinada com termos como "Regulação," "Cirurgia Eletiva," "Regulação em Saúde," e "Gestão de Fila," com um recorte a partir de 2008, considerando a importância da Política Nacional de Regulação de 2008. Foram encontradas 1.270 páginas, devido ao amplo alcance dessa base de dados. Cada página apresenta 10 estudos, entre artigos, dissertações e teses. Ao total, 12.700 conteúdos. A linha de corte adotada foram os 100 primeiros conteúdos devido à saturação de conteúdo. A análise do material focou em responder questões sobre o cenário atual das filas para cirurgias eletivas no Brasil e como ordenar essas filas para garantir acesso em tempo oportuno.
Resultados e Discussão A análise revelou que as filas para cirurgias eletivas são resultado de uma combinação de fatores, incluindo a insuficiência da capacidade instalada e a gestão ineficiente dos recursos de saúde. O descompasso entre demanda e oferta é exacerbado pela distribuição desigual de profissionais de saúde e pela falta de coordenação nacional em relação à gestão das filas. A introdução de critérios de priorização claros e a gestão eficiente dos leitos hospitalares surgem como estratégias cruciais para melhorar a situação. A implementação de cirurgias ambulatoriais, quando apropriada, também pode otimizar o uso dos recursos disponíveis.
Conclusões/Considerações finais A gestão das filas para cirurgias eletivas no SUS é um desafio complexo, que exige uma abordagem multifatorial. Além de aumentar a capacidade instalada e melhorar a eficiência dos recursos, é crucial fortalecer a coordenação nacional para estabelecer diretrizes claras de priorização. A transparência e a prestação de contas são essenciais para garantir a equidade e a eficiência do sistema. Dados precisos sobre o tamanho das filas e o tempo de espera são fundamentais para embasar decisões e aprimorar a gestão. Este trabalho aponta para a necessidade de uma política de saúde mais robusta e integrada, capaz de enfrentar as iniquidades e assegurar o acesso oportuno aos serviços de saúde.
Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.559, de 1º de agosto de 2008. Institui a Política Nacional de Regulação do Sistema Único de Saúde - SUS. Brasília, DF, 2008.
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