04/11/2024 - 17:20 - 18:50 RC2.4 - Acesso à saúde das pessoas idosas |
53969 - ACESSIBILIDADE DA PESSOA IDOSA NA APS NA PANDEMIA DA COVID 19 SILVÂNIA - DE OLIVEIRA, VANUZIA VITÓRIA, KLEIZE - DE OLIVEIRA SOUZA, JULIANA - LEITE LEAL, RAFAELA - LEAL CARDOSO COSTA
Apresentação/Introdução Nos últimos anos o mundo enfrentou momentos complexos de mudanças e incertezas, com a chegada do Coronavírus (COVID-19) tornando-se um desafio sem precedentes para a ciência e para a sociedade, cobrando respostas rápidas e diversas dos sistemas de saúde que precisam ser reorganizados, em todos os seus componentes, para o seu enfrentamento tendo em vista o seu rápido avanço (MEDINA et al., 2020).
A COVID-19 surgiu em Wuhan, cidade da Província Chinesa de Hubei, em dezembro de 2019, onde houve o primeiro relato de pneumonia de etiologia desconhecida (WU et al., 2020). No Brasil o primeiro caso de Coronavírus foi em fevereiro de 2020. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo Coronavírus (COVID-19) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia (OPAS, 2020).
O envelhecimento populacional é um dos grandes desafios para o sistema de saúde, sendo necessário se pensar em modelos de atenção capazes de atender as demandas da população idosa. O contexto global da pandemia da COVID-19 evidenciou a vulnerabilidade na promoção do cuidado para essa população.
Objetivos Compreender como se deu o acesso e a acessibilidade da pessoa idosa na APS no período da Pandemia da Covid 19;
Metodologia O estudo foi de natureza qualitativa, com caráter avaliativo. O estudo foi realizado no município de pequeno porte do estado da Bahia, um dos municípios que compõem a região macro leste. O estudo contemplou as USF localizadas na urbana e rural, totalizando três unidades de Saúde da Família. Os participantes do estudo estão divididos em dois grupos descritos a seguir:
Grupo I: Trabalhadores de saúde: Trabalhadores de saúde que estejam envolvidos na atenção primária e que tenham trabalhado antes e durante a pandemia da Covid-19 e Grupo II: Gestores da secretaria municipal de saúde (SMS). Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada individual . A análise de dados ocorreu através da Técnica de Análise de Conteúdo .
Resultados e Discussão Com o advento da COVID-19 e o possível medo de infecções observa-se uma alta taxa de evasão da população idosa que é a mais acometida como já citado anteriormente, com duas ou mais doenças crônicas, o que pode gerar complicações ou o aumento das chances da mesma à saúde. Contudo com a diminuição do fluxo de pacientes e consequentemente dos atendimentos e programas ofertados pela unidade relatada pelos trabalhadores nos faz questionar sobre qual grupo e programas foram mais afetados e/ou prejudicados diante desse cenário pandêmico, e a totalidade dos entrevistados trazem em seus depoimentos que o grupo mais afetado foram os idosos e consequentemente os programas em que estes pacientes estão cadastrados, como o acompanhamento dos portadores de Hipertensão e Diabetes comumente identificados como HIPERDIA e consequentemente a diminuição da participação dos idosos nas ações que eram ofertadas para estes como grupos coletivos, atividades educativas dentre outros. Foi possível perceber que os idosos e seus familiares demonstravam medo de que fossem contaminados, contudo o medo apresentado por eles é compreensível pelo fato de que a população idosa apresentar uma taxa de letalidade superior aos outros grupos devido a doenças pré-existentes devido o fator envelhecimento, dentre outros
Conclusões/Considerações finais As novas estratégias para continuidade do cuidado da população idosa foram desenvolvidas e ganhou lugar no cotidiano do trabalho das equipes de APS, como as teleconsultas e telemonitoramento. Vale salientar que tais estratégias que possibilitem outras formas de cuidado na pandemia da COVID-19 e podem representar avanços na promoção da continuidade do cuidado. Sabemos que nada substitui o contato presencial, mas já vislumbramos como uma alternativa para está mais próximo desse usuário e ele da sua unidade. Vale destacar que o estudo trouxe um olhar atento para a população idosa, tendo em vista as fragilidades identificadas para o acompanhamento deste grupo e a importância de se pensar em estratégias para as populações mais vulneráveis em situações como da Covid 19, para garantia de atendimento contínuo e os trabalhadores preparados para que os cuidados assim ofertados pelas unidades sejam acessíveis para essa população.
Referências
OPAS/OMS | Organização Pan-Americana da Saúde. (s.d.). PAHO/WHO | Pan American Health Organization. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/30-9-2020-pessoas-com-mais-60-anos-foram-mais-atingidas-pela-covid-19-nas-americas. Acesso: 28 de agosto de 2023.
STARFIELD, B. Acessibilidade e primeiro contato: a “porta”. In: STARFIELD, B (org). Atenção Primária – equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura/Ministério da Saúde; 2002. p. 207-45.
TRAVASSOS, C.; MARTINS, M. Uma revisão sobre os conceitos de acesso e utilização de serviços de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, supl. 2, p. 190-198, 2004.
Fonte(s) de financiamento: Universidade estadual de Feira de Santana (UEFS).
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