Produção Artística

06/11/2024 - 08:30 - 10:00
PA3 - Cordel, Poetica e Performances: Saúde Coletiva em ação

52780 - EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA SUA PROMOÇÃO POR MEIO DE ATIVIDADES LÚDICAS: PEDICULOSE E HIGIENE PESSOAL COM TEATRO DE FANTOCHES, PINTURA E JOGO DE MEMÓRIA
INEZ BARCELLOS DE ANDRADE - FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS (FMC), LIBNY SALISA DE OLIVEIRA BARRA - FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS (FMC), LÍVIA DE ANDRADE ROCHA - FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS (FMC), ROBERTO DOUGLAS OLIVEIRA PASQUIER - FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS (FMC), ROBERTO YUJI NISHITANI JUNIOR - FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS (FMC), INEZ BARCELLOS DE ANDRADE - FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS (FMC), LIBNY SALISA DE OLIVEIRA BARRA - FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS (FMC), LÍVIA DE ANDRADE ROCHA - FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS (FMC), ROBERTO DOUGLAS OLIVEIRA PASQUIER - FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS (FMC), ROBERTO YUJI NISHITANI JUNIOR - FACULDADE DE MEDICINA DE CAMPOS (FMC)


Contextualização
A promoção da saúde na primeira etapa da educação básica é essencial para que as crianças cresçam saudáveis e com liberdade para brincar e se expressar, adquirindo conhecimento, autoconfiança, autoestima e boas relações sociais. Nesse sentido, ações que visem a educação em saúde, com experiências desde os primeiros anos de vida são fundamentais para formação do adulto, sendo ainda mais significativas quando vivenciadas com o envolvimento e a participação de seus responsáveis. A prefeitura de Campos dos Goytacazes, RJ, conta com 99 creches municipais, onde estão matriculadas aproximadamente 11.287 crianças de 1 a 3 anos. Essas instituições desempenham um papel essencial no desenvolvimento integral na primeira infância. O Projeto Risoterapia em Ação faz parte do programa institucional de extensão da Faculdade de Medicina de Campos, no qual participam alunos da graduação de medicina e professores da instituição e está alinhado com a Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEP-SUS) que valoriza saberes populares, ancestralidade, diálogo, participação social, produção compartilhada de conhecimento, não hierarquização, emancipação e empoderamento da comunidade. O Projeto conta com a parceria do Programa de Saúde na Escola (PSE) no município, visando a promoção e prevenção da saúde em creches e escolas.

Processo de escolha do tema e de produção da obra
Rodas de conversas com pais/responsáveis e professores da creche foram inicialmente realizadas, buscando por meio de um processo dialógico e interativo a identificação de temas em educação e saúde a serem trabalhados por meio de atividades lúdicas. Assim, o tema pediculose e higiene pessoal foram definidos como prioritários. Dentre as estratégias para abordagem dos temas utilizou-se o teatro de fantoches, com a peça “Minha amiga piolhenta: uma história baseada em fatos reais”, de Lucas Torres, Amanda Passos e Jane Costa, Rio de Janeiro: Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), 2021. Além de atividades pedagógicas com pintura, brincadeira do chuveiro e jogo de memória para estimular ações relacionadas à higienização pessoal. Os responsáveis pelo projeto se reuniram para o planejamento e desenvolvimento das atividades, incluindo a aquisição dos bonecos, palco, artefatos, adaptação do texto para faixa etária, ensaios, além da escolha das brincadeiras, pesquisa de conteúdo e elaboração do folder a ser distribuído com os pais/responsáveis sobre pediculose, incluindo um pente fino e as orientações para seu uso e higienização. Nos dias da ação, tomadas fotográficas e vídeos foram realizados, de modo a viabilizar a produção artística.

Objetivo e período de Realização
Desenvolver e implementar ações em educação e saúde de forma lúdica, com linguagem acessível e simples, buscando estimular o conhecimento sobre os temas pediculose e higiene pessoal para crianças de 2 e 3 anos, seus pais/responsáveis e professores. As sessões de teatro de fantoches ocorreram nos dias 10 e 24 de abril de 2024, em uma creche municipal, em Campos dos Goytacazes, RJ, sendo produzido e disponibilizado vídeo das atividades realizadas.

Descrição da Produção
A produção do teatro de fantoches deu-se a partir da seleção e adaptação do texto para o público-alvo, além de inúmeros ensaios para adaptação das vozes e tempo de apresentação. Os encontros ocorreram de forma presencial e pelo Google Meet. Os responsáveis pelo Projeto buscaram personagens que pudessem ter representatividade de gênero e raça. A peça foi prevista para durar no máximo 10 minutos de modo a prender a atenção das crianças, promovendo ainda sua participação. Os chuveiros em papel, simulando um banho foram reproduzidos em três unidades e dispostos em locais próximos ao palco, como uma brincadeira logo após a finalização do teatro. Em O jogo de memória, elaborado com imagens sobre diferentes situações de higienização (escovação dentária, banho e lavagem das mãos) foi realizado com as crianças em grupos de 6 participantes. Em seguida, realizaram pintura com lápis de cor, identificando figuras que são utilizadas para higienização corporal. Os pais/responsáveis e professores participaram das atividades. As ações foram fotografadas e o teatro filmado. O vídeo produzido está disponível na plataforma YouTube.

Análise crítica da obra
A educação em saúde é considerada importante estratégia para o empoderamento dos indivíduos, quanto a realização do seu cuidado e a luta por melhorias das suas condições de vida e de saúde. Em 2012, o Conselho Nacional de Saúde publicou a Política Naci.onal de Educação Popular em Saúde, visando ações que reforcem a universalidade, a equidade, a integralidade e a efetiva participação popular. Tendo como base a educação, enquanto instrumento político para alcançar a conscientização e politização das pessoas envolvidas no processo educativo (educador e educando), a EPS é compreendida como uma proposta de ação cultural direcionada à busca da libertação através do estabelecimento de uma prática pedagógica dialógica e problematizadora. Ao abordar temas sugeridos pelos participantes (pediculose e higiene pessoal) de forma lúdica, pelo brincar, pretende-se contribuir para aprendizagem de forma prazerosa e efetiva, permitindo que a criança explore sua criatividade e desenvolva novas habilidades. O lúdico na forma de teatro buscou enriquecer a experiência e transmitir com suavidade os conhecimentos, quebrando o modelo de educação tradicional, assim como as brincadeiras. O impacto positivo das atividades lúdicas no aprendizado das crianças ficou evidenciado pelo interesse e participação dos envolvidos, assim como a interação entre realizadores, crianças, pais/responsáveis e professores

Referências
ARAÚJO, R.S.; CRUZ, P. J. S. C. (orgs.). Educação popular e práticas sociais: ação, processo formativo e construção do conhecimento. João Pessoa, PB: Editora do CCTA, 2018.
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Política Nacional de Educação Popular em Saúde. Brasília: CONASS, 2013.
PINHEIRO, F. G. M. S. et al. Determinantes sociocomportamentais e vulnerabilidade de crianças da educação infantil à pediculose. Cogitare Enfermagem, p. 504-511, 23 jun. 2015.
SANTOS, E. L.; SILVA, F. D. Acordes/UFT: o teatro e o lúdico como intervenções de educação em saúde. Revista Em Extensão, Uberlândia, v. 15, n. 1, p. 141–149, 2016.
WHO. World Health Organization. Cuidados de criação para o desenvolvimento na primeira infância. 2018. Disponível em: https://www.who.int/maternal_child_adolescent/child/draft2-nurturing-care-framework-pt.pdf. Acesso em: 6 out. 2023.

Fonte(s) de financiamento: Coordenação de Extensão/Faculdade de Medicina de Campos


Realização:



Patrocínio:



Apoio: