48778 - ALMANAQUE D‘ELAS+: MEU CORPO ME PERTENCE – SAÚDE, DIREITOS SEXUAIS E DIREITOS REPRODUTIVOS POR, DE, PARA E COM ADOLESCENTES E JOVENS. EMILIA MIRANDA SENAPESCHI - ENSP/FIOCRUZ, LEINA PERES RODRIGUES - PUC RS/UFRGS, RAIZ POLICARPO - PUC MG, VANESSA RODRIGUES DA SILVA - UFRGS, LIGIA CARDIERI - ENSP/FIOCRUZ, LIANA WERNERSBACH PINTO - ENSP/FIOCRUZ, CRISTIANE BATISTA ANDRADE - ENSP/FIOCRUZ
Introdução e Contextualização "Almanaque D'elas+: Meu Corpo Me Pertence" é um material didático que reúne informações e conhecimentos sobre saúde, gênero, sexualidade, direitos sexuais e direitos reprodutivos por, de, para e com adolescentes e jovens. Além disso, são fornecidas informações sobre o acolhimento e atendimento de saúde em casos de violência sexual no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A identidade visual e o projeto editorial foram desenvolvidos a fim de proporcionar uma experiência atrativa, lúdica e interativa através de jogos, músicas, podcasts, filmes, séries, vídeos, leituras e conteúdos nas redes sociais e digitais.
O almanaque foi desenvolvido em 2023, oito anos após o lançamento da primeira edição, uma proposta inédita e que teve repercussão bastante positiva. Assim como na primeira edição, "Almanaque D'elas: meu corpo me pertence" busca construir diálogos sobre saúde, direitos sexuais e direitos reprodutivos num formato lúdico e interativo através das curiosidades, histórias, jogos e conteúdos alinhados aos interesses e demandas atuais e contemporâneas do público jovem e adolescente.
Objetivo para confecção do produto A produção tem como objetivo abordar questões de saúde, direitos sexuais, direitos reprodutivos, gênero e sexualidade por, de, para e com adolescentes e jovens. Os conteúdos deste material foram produzidos com identidade visual e linguagem acessível e didática com o intuito de contribuir para os diálogos entre adolescentes e jovens em espaços comunitários e socioeducativos, como, escolas, postos de saúde, associações de moradores, projetos e movimentos sociais, entre outros.
Metodologia e processo de produção A metodologia do projeto editorial incluiu as seguintes etapas: planejamento (com orçamento e cronograma), contratação, pesquisa, redação, revisão, diagramação, editoração, aprovação, divulgação, impressão, distribuição, avaliação e mensuração dos impactos do projeto editorial com consulta e contribuições de grupos de adolescentes e jovens.
Resultados Além da divulgação nas redes sociais, o material está com previsão de lançamento e distribuição em seis capitais do país: Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Belém (PA).
Um dos resultados esperados e obtidos é o estabelecimento e fortalecimento de vínculos com os territórios através de ações territoriais em parceria com coletivos, frentes, redes, organizações, movimentos sociais pela saúde, direitos humanos e justiça socioambiental, com intuito de garantir a representatividade e protagonismo de adolescentes e jovens das periferias destes grandes centros urbanos no processo de construção e avaliação do material didático.
Em tempos de disseminação de informações falsas que atacam e ferem o direito à saúde sexual e reprodutiva, o material didático contribui com o acesso à informação e conhecimento técnico-científico e ético-político em formato acessível e didático sobre saúde, direitos humanos e justiça social, combatendo a desinformação que reproduz violências, discriminações e desigualdades de gênero, raça, etnia, classe social e território no âmbito da saúde, direitos sexuais e direitos reprodutivos.
Análise crítica e impactos sociais do produto A produção técnica tem compromisso com dois eixos de atuação: (1) produção de conhecimento técnico-científico com as mais atualizadas referências científicas alinhadas à saúde, direitos sexuais e direitos reprodutivos para adolescentes e jovens; (2) produção de conhecimento técnico-científico comprometido com a litigância estratégica, incluindo advocacy, incidência política e mobilização social para a formulação e implementação de políticas públicas de saúde, direitos humanos e justiça social para adolescentes e jovens.
O projeto editorial também contribuiu para o impulsionamento da articulação política, de forma abrangente no território brasileiro, em busca do atendimento da missão dos “três zeros” do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), conforme ratificado pela Cúpula de Nairobi (2019), nos 25 anos da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD): zero necessidades não atendidas de planejamento reprodutivo, zero mortes maternas por causas evitáveis, e zero violência de gênero e discriminação contra mulheres, meninas e jovens (UNFPA, 2021).
Levando em consideração os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) (2015-2030) por meio da agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), o material didático está alinhado com ODS 3 (Saúde e Bem-Estar), ODS 4 (Educação de qualidade), ODS 5 (Igualdade de Gênero) e ODS 10 (Redução das Desigualdades).
Referências Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (CIDACS/FIOCRUZ-BA), Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Sem deixar ninguém para trás: gravidez, maternidade e violência sexual na adolescência. Salvador: CIDACS/FIOCRUZ-BA, ISC/UFBA, UNFPA, 2023.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes nacionais para a atenção integral à saúde de adolescentes e jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010, 132 p.
Organização Pan-Americana da Saúde. Adaptação do quadro global RESPECT nos países da América Latina e do Caribe: estratégias e experiências de programas para a prevenção da violência contra mulheres e meninas. Washington, D.C: OPAS, 2023.
Fonte(s) de financiamento: Fundo Social Elas
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